The Theosophical Society,
Escritas
Teosóficas da Lingua Portuguese
Escritas do C W Leadbeater
Charles
Webster Leadbeater
(1858
– 1934)
Um
Manual de Teosofia
As
Cadeias Planetárias
O esquema de evolução de que nossa Terra faz parte não é o único
em nosso
sistema solar,
pois existem neste sistema dez cadeias separadas de globos que
são teatros
todos eles de progressos algo similares. Cada um destes
esquemas de evolução está tendo lugar sobre uma cadeia de globos, e no curso de
cada esquema sua cadeia de globos atravessa sete encarnações. O
Cada cadeia consiste de sete globos, e tanto globos
regra da descida
na matéria e posterior ascensão dela novamente. A fim de tornar isso
compreensível tomemos
Na presente época ela está em sua quarta ou mais material
encarnação, e portanto três de seus globos pertencem ao mundo físico, dois ao
mundo astral e dois à parte inferior do mundo mental. A
onda de Vida Divina passa em sucessão de globo para globo desta cadeia,
começando com um dos mais elevados, descendo gradualmente para o mais baixo e
então subindo novamente para o mesmo nível onde começou.
Por conveniência denominemos os sete globos com as primeiras
letras do alfabeto, e numeremos as encarnações em
ordem. Assim,
Estes globos não
são todos compostos de matéria física. O 4A não contém matéria mais baixa que a
do mundo mental; tem sua contraparte em todos os mundos acima daquele, mas nenhuma abaixo. O 4B existe no mundo astral; mas o 4C é
um globo físico, visível ao nosso telescópio, e é de fato o planeta que
conhecemos
Assim
A quinta encarnação de nossa cadeia, que ainda dista muito no
futuro,
corresponderá à
terceira. Nela, os globos 5A e 5G serão feitos de matéria mental
superior, os globos
5B e 5F de matéria mental inferior, os globos 5C e 5E de
matéria astral, e
apenas o globo 5D estará no mundo físico. Este planeta 5D, é
claro, ainda não
existe.
A outras
encarnações da cadeia seguem a mesma regra geral de materialidade
gradualmente decrescente; 2A, 2G, 6A e 6G estão todos no mundo
intuicional; 2B, 2F, 6B e 6F estão todos na parte superior do mundo mental; 2C,
2E, 6C e 6E estão na parte inferior do mundo mental; 2D e 6D estão no mundo
astral. Do mesmo modo o 1A, 1G, 7A e 7G pertencem ao mundo espiritual; 1B, 1F,
7B e 7F estão no mundo intuicional; 1C, 1E, 7C e 7E estão na parte superior do
mundo mental; 1D e 7D estão na parte inferior do mundo mental.
Assim vemos que não só a onda de vida ao
passar por uma cadeia de globos
mergulha na matéria
e dela sobe novamente, mas a própria cadeia em suas
encarnações sucessivas
faz exatamente a mesma coisa.
Há então dez esquemas de evolução existindo atualmente em nosso sistema
solar, mas só sete deles estão em um estágio onde possuem planetas no mundo
físico. São eles:
(1) o de um planeta não descoberto
ainda, Vulcano, muito próximo do Sol,
do qual temos
pouquíssima informação definida. Foi visto pelo astrônomo
Herschel, mas agora diz-se que
desapareceu. De início entendemos que estava em sua terceira
encarnação, mas agora se considera possível que tenha recentemente passado de
sua quinta para sua sexta cadeia, o que explicaria seu
desaparecimento;
(2) o de Vênus, que está em sua quinta
encarnação, e portanto só possui um globo físico;
(3) o da Terra, Marte e Mercúrio, que
tem três planetas visíveis porque está em sua quarta encarnação;
(4) o de Júpiter,
(5) o de Saturno,
(6) o de Urano, todos em sua terceira
encarnação; e
(7) o de Netuno e os dois planetas não
nomeados além de sua órbita, que está em sua quarta encarnação, e portanto tem
três planetas físicos,
Em cada encarnação de uma cadeia (comumente chamada um
período-cadeia) a onda de Vida Divina se movimenta sete vezes em torno da
cadeia de sete planetas, e cada movimento é chamado uma ronda.
O tempo que a onda de vida permanece sobre cada planeta é conhecido
Por
conveniência podemos colocar numa tabela:
Perfazem
7
Raças-ramo1 Sub-raça
7
Sub-raças1 Raça-raiz
7
Raças-raiz1 Período mundial
7 Períodos
mundiais1 Ronda
7 Rondas1
Periodo-cadeia
7
Períodos-cadeia1 Esquema de evolução
10 Esquemas
de evolução Evolução de nosso sistema
Fica claro que
a quarta raça-raiz do quarto globo da quarta ronda de um quarto
período-cadeia seria o
ponto central de todo um esquema de evolução, e
encontramo-nos atualmente
recém passando deste ponto. A raça Ariana, a que
pertencemos, é a
quinta raça-raiz do quarto globo, de modo que o verdadeiro
ponto médio caiu
no tempo da última grande raça-raiz, a Atlante.
Conseqüentemente a raça humana como um todo está só um pouquinho
além da metade de sua evolução, e aquelas poucas Almas que já se aproximam do
Adeptado, que é o fim e o corolário desta evolução, estão muito mais adiantadas
do que suas companheiras.
Qualquer onda de vida emanada da
Deidade usualmente gasta um período-cadeia em cada um dos grandes reinos da
Natureza. A que em nossa primeira cadeia estava animando o primeiro reino
elemental deve ter animado o segundo daqueles reinos na
segunda cadeia, o terceiro deles na cadeia Lunar, e agora está no reino mineral
na quarta cadeia. Na futura quinta cadeia animará o reino vegetal, na sexta o animal, e na sétima atingirá a humanidade.
Disto se segue que nós próprios constituímos o reino mineral na primeira cadeia, o vegetal na segunda, e o animal na
cadeia Lunar. Nesta, alguns de nós atingimos a individualização, e assim nos
habilitamos a entrar nesta cadeia Terrestre
Nem todos da humanidade, entretanto,
entraram nesta cadeia juntos. Quando a
cadeia Lunar
chegou ao seu fim sua humanidade estava em vários níveis. Não no de Adepto, mas
o que agora é para nós o quarto passo na Senda era a
meta prescrita para aquela cadeia. Aqueles que a
atingiram (comumente chamados na literatura Teosófica
Houve muitas classes mesmo entre a humanidade, e o modo pelo qual
se
distribuíram sobre a
cadeia Terrestre necessita de alguma explicação. É regra
geral que
aqueles que atingiram o ponto mais alto possível em qualquer cadeia,
ou em
qualquer globo, em qualquer raça-raiz, não renasçam no começo da
subseqüente cadeia,
globo ou raça, respectivamente. Os estágios iniciais são
sempre para as
entidades atrasadas, e somente quando elas já passaram por uma
boa parte da
evolução e estão começando a se aproximar do nível dos outros que trabalharam
melhor, é que estes descem à encarnação e se reúnem a elas de novo.
Ou seja, quase a metade inicial de qualquer período
evolucionário, seja uma
raça, um globo
ou uma cadeia, parece ser reservada para a condução das pessoas atrasadas para
perto do nível das que se adiantaram; então estas últimas também (que neste
interregno estiveram repousando em grande deleite no mundo mental) descem à
encarnação junto das outras, e caminham todas juntas até o fim do período.
Pois os primeiros Egos da Lua que entraram na
cadeia Terrestre de modo algum
eram os mais
avançados. De fato eles poderiam ser descritos como os
mais
atrasados dos que
haviam conseguido atingir a humanidade – os homens-animal.
Vindo
Isto precisa ser feito no começo da primeira ronda
de uma nova cadeia, mas nunca depois; pois ainda que a onda de vida esteja
concentrada somente em um nos sete globos de uma cadeia em qualquer momento
dado, já a vida não deixa inteiramente os outros globos. No presente momento,
por exemplo, a onda de vida de nossa cadeia está concentrada na
Terra, mas nos outros dois globos físicos de nossa cadeia, Marte e Mercúrio, a
vida ainda existe [a ciência moderna ainda não comprovou esta asserção do autor
- NT]. Ainda há uma população, humana, animal e vegetal, e conseqüentemente
quando a onda de vida retornar àqueles planetas não haverá
necessidade de criar novas formas. Os tipos antigos ainda
estão lá, e tudo o que deve ocorrer será uma súbita e maravilhosa fecundidade,
de modo que os vários reinos rapidamente crescerão e se multiplicarão, fazendo
a população crescer rapidamente em vez de permanecer estacionária.
Foram então os homens-animal, a classe mais baixa de seres
humanos da cadeia
Lunar, quem estabeleceu as formas na
primeira ronda da cadeia Terrestre.
Chegando logo atrás deles estavam os mais evoluídos do reino
animal Lunar, que logo estavam prontos para ocupar as formas recém construídas.
Na segunda leva em torno dos sete globos da cadeia Terrestre, os homens-animal
que tinham sido os mais atrasados da humanidade Lunar
constituíram os líderes desta humanidade Terrestre, os animais Lunares mais
evoluídos constituindo suas classes menos evoluídas. A mesma coisa ocorreu na terceira ronda da cadeia Terrestre, mais e mais animais
Lunares atingindo a individualização e juntando-se às fileiras humanas, até que
no meio daquela ronda neste mesmo globo D que chamamos de Terra, uma classe
superior de seres humanos – a Segunda Ordem de homens Lunares – desceu à
encarnação e prontamente assumiu a liderança.
Quando chegamos à quarta ou atual ronda,
encontramos a Primeira Ordem de homens Lunares misturando-se a nós – todos os
mais evoluídos e melhores da humanidade Lunar que tinham quase obtido sucesso.
Alguns destes que mesmo na Lua já tinham entrado na
Senda logo atingiram seu final, se tornaram Adeptos e passaram para além da
Terra. Alguns poucos outros que não tinham ido tão longe no avanço obtiveram o
Adeptado comparativamente há pouco tempo – isto é, nos últimos poucos milhares
de anos, e estes são os Adeptos de hoje em dia. Nós,
que estamos nas raças mais evoluídas da humanidade moderna, estamos diversos
estágios atrás d´Eles, mas a oportunidade se nos apresenta de seguirmos Seus
passos se assim quisermos.
A evolução
de que estivemos falando é a do próprio Ego, que pode ser chamado a
Só na terceira ronda elas começaram a
assumir alguma semelhança com o homem
Uma quebra interessante na regularidade
desta evolução merece menção. Neste
globo, em sua
quarta ronda, houve um desvio no esquema direto de evolução. Sendo este o globo central de uma ronda central, o ponto central da
sua evolução assinalou o último momento em que seria possível para os membros
do que havia sido o reino animal Lunar obter a individualização. Por
conseguinte uma espécie de poderoso esforço foi feito – um esquema especial foi
arranjado para dar uma chance final a quantos fosse possível. As condições da
primeira e segunda rondas foram especialmente
reproduzidas em lugar da primeira e segunda raças – condições das quais em
rondas anteriores estes Egos atrasados não foram capazes de tirar completo
proveito. Agora, com a evolução adicional que eles
teriam de fazer durante a terceira ronda, alguns deles foram capazes de tirar
proveito, e assim acorreram no derradeiro momento antes que a porta se
fechasse, e se tornaram humanos. Naturalmente não atingiram nenhum alto nível
de desenvolvimento humano, mas pelo menos quando
tentarem novamente em alguma cadeia futura cadeia terá sido de alguma vantagem
terem tido mesmo esta leve experiência de vida humana.
Nossa evolução terrestre recebeu um valiosíssimo estímulo com a assistência dada a nós pela nossa esfera irmã, Vênus.
Vênus está neste presente momento na quinta encarnação
de sua cadeia, e na sétima ronda daquela encarnação, de modo que seus habitantes
estão uma cadeia inteira mais metade à nossa frente na evolução.
Sendo, pois, seu povo tão mais avançado que o nosso, foi
considerado desejável que certos Adeptos da evolução Venusiana se transferissem
para nossa Terra a fim de auxiliar na época especialmente trabalhosa antes do
fechamento das portas, no meio da quarta raça-raiz.
Estes augustos Seres têm sido chamados
de os Senhores da Chama e os Filhos da Névoa de Fogo, e produziram um
maravilhoso efeito sobre nossa evolução. O intelecto de que somos tão
orgulhosos é quase todo devido à Sua presença, pois no curso natural dos
eventos a próxima ronda, a quinta, é que deveria ser a
do desenvolvimento intelectual, e nesta nossa atual quarta ronda deveríamos
estar nos devotando principalmente ao cultivo das emoções. Estamos pois na verdade bem à frente do programa assinalado para nós; e
tal avanço é devido inteiramente à assistência dada por estes grandes Senhores
da Chama. A maioria d´Eles permaneceu conosco só durante
aquele período momentoso de nossa história; uns poucos ainda permanecem para
trabalhar nos mais elevados cargos da Grande Fraternidade Branca até o tempo em
que homens de nossa própria evolução cheguem a uma altura tal que os capacite
liberar seus augustos Visitadores.
A evolução que está à nossa frente é tanto da vida quanto da
forma; pois em
rondas futuras,
quando os Egos ainda estarão crescendo constantemente em poder, sabedoria e
amor, as formas físicas serão também mais belas e mais perfeitas do que jamais
o foram. Temos neste mundo atualmente homens em estágios muito distintos de
evolução, e é claro que há vastas legiões de selvagens que estão muito atrás
das grandes raças civilizadas do mundo – tão atrás que é praticamente
impossível que eles as alcancem. Mais tarde no decorrer de
nossa evolução será atingido um ponto no qual já não será possível para estas
O procedimento é exatamente análogo à seleção dos alunos de sua
classe por um professor. Durante o ano escolar ele tem de preparar seus meninos
para certo exame e talvez pela metade do período daquele ano escolar ele já
sabe muito bem quais deles passarão. Se ele tivesse em sua classe alguns que
estivessem irremediavelmente atrás dos outros, ele poderia com razão dizer-lhes
quando o período médio chegasse:
“É completamente inútil para vocês continuar com seus colegas,
pois as lições
mais difíceis
que agora devo ministrar seriam inteiramente ininteligíveis para
vocês. É impossível que vocês possam aprender o suficiente a tempo de
passar no exame, de modo que o esforço lhes seria apenas uma tensão inútil,
enquanto que vocês seriam um estorvo para o resto da classe. É portanto
muito melhor para vocês desistirem da busca pelo impossível, e retomar
novamente o trabalho da classe inferior que vocês ainda não dominaram, e então
se aprontarem para este exame junto com a classe do próximo ano, pois o que
agora lhes é impossível será fácil então”.
Isto com efeito é o que será dito,
em um certo estágio em nossa futura evolução, aos Egos mais atrasados. Eles saem da classe atual e voltam com a próxima. Esta é a
“condenação eônica” a que se fez referência um pouco antes. É
calculado que cerca de dois quintos da humanidade deixem o grupo neste dia,
permitindo aos três quintos remanescentes avançar com muito maior rapidez para
os gloriosos destinos que estão à sua frente.
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