The Theosophical Society,
Escritas
Teosóficas da Lingua Portuguese
Escritas do C W Leadbeater
Charles
Webster Leadbeater
(1858
– 1934)
Um
Manual de Teosofia
A
Formação De Um Sistema Solar
O início do universo (se jamais teve algum início) está fora de
nosso alcance.
No ponto da história mais remoto a que podemos chegar, os dois
grandes opostos do Espírito e matéria, da vida e da forma, já estão em plena
atividade.
Acreditamos que a concepção comum de matéria requeira uma
revisão, pois o que comumente são chamadas força e matéria em realidade são
somente duas variedades do Espírito em diferentes estágios de evolução, e a
matéria real ou base de tudo jaz no pano de fundo impercebido. Um cientista
francês disse recentemente:
“Não há matéria; não há nada exceto
buracos no éter”.
Isto também concorda com a celebrada teoria do
Prof. Osborne Reynolds. A
investigação oculta
mostra que esta é a visão correta, e deste modo explica o
que os livros
sacros Orientais querem dizer quando falam que a matéria é uma
ilusão.
A matéria primordial
realidade este éter
seja muitíssimo mais denso do que qualquer coisa que
possamos conceber.
Sua densidade é definida pelo Prof. Reynolds
Esta substância só é perceptível
pelo poder clarividente altamente treinado.
Devemos presumir um tempo (ainda
que não tenhamos conhecimento direto neste ponto) quando esta substância
preenchia todo o espaço. Devemos também supor que algum grande Ser (não
a Deidade de um sistema solar, mas algum Ser quase infinitamente mais excelso
que aquela) alterou esta condição de repouso ao derramar Seu espírito ou força
dentro de certa seção desta matéria, uma seção do tamanho de um universo
inteiro. O efeito da introdução desta força é
Quando a Deidade Solar começa a formar Seu sistema, Ela encontra
já pronto e à mão este material – esta infinita
construídas nos
diversos tipos de matéria
definindo o limite
de Seu campo de atividade, uma vasta esfera cuja
circunferência é muito
maior que a órbita do mais externo de Seus futuros
planetas. Dentro do
limite desta esfera Ela dispõe um tipo de vórtice gigantesco
– um movimento que reúne juntas todas as
bolhas numa vasta
material da
nebulosa que há de nascer.
Nesta vasta esfera giratória Ela aplica sucessivos impulsos de
força, juntando
as bolhas em
agregações cada vez mais e mais complexas, e produzindo desta
maneira sete
gigantescos mundos interpenetrantes de matéria em diferentes graus
de densidade,
todos concêntricos e todos ocupando o mesmo espaço.
Agindo através de Seu Terceiro Aspecto, Ela envia para esta
esfera estupenda o
primeiro destes
impulsos. Ele produz em toda a esfera um imenso número de
pequenos vórtices,
cada qual atrai para si quarenta e nove bolhas, e as arranja
de certa
forma. Estes pequenos agrupamentos de bolhas assim
formadas são os
átomos do segundo
dos mundos interpenetrantes. O número total de bolhas não é utilizado deste
modo, um número suficiente sendo deixado em estado dissociado para atuarem
No devido tempo chega o segundo impulso, que captura quase todos estes quarenta e nove átomos bolhosos (deixando só o
bastante para suprir de átomos o segundo mundo), os recolhe em si e então,
expelindo-os novamente, estabelece vórtices entre eles, cada qual abrigando em
si 2.401 bolhas (492).
Estes formam os
átomos do terceiro mundo. Novamente depois de algum tempo vem um terceiro
impulso, que da mesma forma reúne quase todos estes 2.401 átomos bolhosos,
devolve-lhes a sua forma original, e de novo os expele para fora mais uma vez
como átomos do quarto mundo – cada átomo contendo esta vez 493 bolhas. Este
processo é repetido até que o sexto desses impulsos sucessivos tenha construído
o átomo do sétimo ou mais inferior dos mundos – um átomo que contém 496 das
bolhas originais.
Este átomo de sétimo mundo é o átomo derradeiro do mundo físico –
não qualquer dos átomos de que fala o químico, mas
aquele ultérrimo dos quais seus átomos são feitos. Neste estágio nós teremos
chegado àquele estado das coisas na qual a vasta
esfera rodopiante contém em si sete tipos de matéria, todas uma só em essência,
pois todas construídas do mesmo tipo de bolhas, mas diferindo em seu grau de
densidade. Todos esses tipos são livremente entremesclados,
de modo que exemplares de cada tipo sejam encontrados numa pequena porção
tomada ao acaso de qualquer parte da esfera, entretanto, com uma tendência
geral de os átomos mais pesados gravitarem mais e mais em direção ao centro.
O sétimo impulso enviado do Terceiro Aspecto da Deidade não
transforma,
dissociadas originais,
mas reúne-os em certas agregações, fazendo assim um
número de
diferentes tipos do que podemos chamar de proto-elementos, e estes
novamente são
reunidos juntos nas várias formas que são conhecidas na ciência
como elementos
químicos. Essas elaborações se estendem por um período de longas eras, e são
feitas em uma certa ordem definida pela interação de diversas
forças, como é
corretamente indicado no trabalho de Sir William Crookes The
Genesis of the Elements (A Gênese
dos Elementos). Na verdade o processo de sua elaboração mesmo agora ainda não
está concluído; o urânio é o último e mais pesado elemento até onde sabemos
[não conhecemos a fonte desta informação do autor, pois o urânio foi decoberto
já em 1789, e na época da escrita deste livro, o início do século XX, uma
grande quantidade de outros já havia sido descoberta. Por volta de 1800 eram
conhecidos apenas cerca de 30 elementos, mas de lá até hoje, o início do século
XXI, seu número aumentou para 109, diversos deles inclusive tendo sido
sintetizados artificialmente pelo homem, o que de qualquer forma corrobora a
previsão do autor - NT], mas outros ainda mais complexos podem talvez ser
produzidos no futuro.
Com o passar das eras a condensação aumenta, e logo o estágio de
uma vasta
nebulosa
incandescente é alcançado. Ao resfriar-se, mas ainda
girando com
rapidez, achata-se
em um imenso disco e gradualmente parte-se em anéis em torno de um corpo
central – um arranjo não dessemelhante daquele que Saturno exibe nos dias de
hoje, ainda que numa escala muitíssimo maior. Aproximando-se o momento em que
os planetas se tornam necessários para os propósitos da evolução, a Deidade
cria na espessura de cada anel um vórtex subsidiário,
no qual uma grande quantidade de matéria do anel é gradualmente coletada. As
colisões dos fragmentos reunidos provoca uma revivescência do calor, e o
planeta resultante por longo tempo é uma
Quase toda a matéria desses mundos interpenetrantes a esta altura estava
concentrada nos
planetas recém-formados. Cada um deles era e é composto de todos aqueles
diferentes tipos de matéria. A Terra sobre onde vivemos agora não é apenas uma
grande bola de matéria física, construída com os átomos do mundo inferior, mas
também tem associado um abundante suprimento de matéria do sexto, do quinto, do
quarto e dos outros mundos.
É bem sabido de todos os estudantes de ciência que as partículas
de matéria na verdade jamais tocam umas nas outras, mesmo
na mais densa das substâncias. Os espaços entre elas estão em muitíssimo maior
proporção do que seu próprio tamanho – enormemente maior. De
modo que existe um amplo espaço para todos os outros tipos de átomos de todos
os outros mundos, não só para permanecerem entre os átomos da matéria mais
densa, mas para se moverem mui livremente por entre e em torno deles.
Conseqüentemente, este globo sobre onde vivemos não é só um único mundo, mas
sete mundos interpenetrantes, todos ocupando o mesmo espaço, exceto que os
tipos mais finos de matéria se estendem para mais além do centro do que o faz a
matéria mais densa.
Nós demos nomes a esses mundos
interpenetrantes por conveniência ao falarmos deles. Nenhum
nome é necessário para o primeiro, já que o homem ainda não está em conexão
direta com ele; mas quando for preciso mencioná-lo, poderíamos chamá-lo de
mundo divino. O segundo é descrito
O quarto é o mundo intuicional (previamente chamado na literatura Teosófica de
A matéria de que todos esses mundos interpenetrantes são
construídos é
essencialmente a mesma,
mas diferentemente arranjada e em diferentes graus de
densidade. Portanto
as freqüências em que esses vários tipos de matéria
normalmente vibram
também diferem. Elas podem ser consideradas
Não só cada um destes mundos têm
seu próprio tipo de matéria; também tem seu próprio conjunto de agregações
desta matéria – suas próprias substâncias. Em cada mundo arranjamos
estas substâncias em sete classes de acordo com a taxa em que vibram suas
moléculas. Usualmente, mas não sempre, as oscilações mais
lentas envolvem também uma molécula maior - uma molécula construída por um
arranjo especial das moléculas menores da subdivisão imediatamente superior.
A aplicação de
calor aumenta o tamanho das moléculas e também estimula e amplifica suas vibrações,
de modo que elas cobrem um maior terreno, e o objeto
A subdivisão atômica é uma na qual todas
as formas são construídas pela
compressão dos átomos
físicos em certas formas, sem qualquer reunião prévia
destes átomos em
blocos ou moléculas. Representando por ora o átomo físico
ultérrimo como um
tijolo, qualquer forma na subdivisão atômica seria feita pela
reunião de alguns
tijolos, e arranjando-os em certa forma. A fim de fazer
matéria para a
subdivisão imediatamente inferior, um certo número de tijolos
(átomos) primeiro seriam reunidos e
cimentados em blocos menores de, digamos, quatro tijolos cada, cinco tijolos
cada, seis tijolos ou sete tijolos; e então estes blocos assim feitos seriam
usados
Passar qualquer substância da condição sólida para a líquida
(isto é, para
dissociá-la) é aumentarmos a vibração de suas moléculas
componentes até que
enfim sejam
fragmentadas nas moléculas mais simples de que são constituídas.
Este processo pode em todos os casos ser repetido de novo e de
novo até que
finalmente toda e
qualquer substância pode ser reduzida aos átomos ultérrimos do mundo físico.
Cada um destes mundos tem seus habitantes, cujos sentidos são
normalmente
capazes de
responder às vibrações apenas de seu próprio mundo. Um homem vivendo (
Um ser vivendo no mundo astral poderia estar ocupando exatamente
o mesmo espaço de um ser vivendo no mundo físico, sendo cada um inteiramente
inconsciente do outro e de modo algum impedindo o movimento livre do outro. O
mesmo é verdade para todos os outros mundos. Estamos neste momento rodeados por
estes mundos de matéria mais fina, tão próximos de nós
quanto o mundo que podemos ver, e seus habitantes estão passando através de e
em torno de nós, mas estamos inteiramente inconscientes deles.
Uma vez que a nossa evolução no presente está centrada sobre este globo a que
chamamos Terra, só
em relação a ela é que estamos falando deste mundos
superiores, pois no
futuro quando eu usar o termo “mundo astral” eu estarei
querendo dizer a
parte astral de nosso próprio globo somente, e não (como até
aqui) a parte
astral de todo o sistema solar. Esta parte astral de nosso próprio
mundo também é
um globo, mas de matéria astral. Ocupa o mesmo lugar que o globo que vemos, mas
sua matéria (sendo muito mais diáfana) se estende no espaço em todas as
direções bem mais do que o faz a atmosfera da Terra –
muito mais além.
Ele se estende até um pouco menos que a distância média até a
Lua, de modo que mesmo que os dois globos, a Terra e a Lua, estejam afastados
quase 240.000 milhas, os globos astrais destes dois corpos se tocam quando a
Lua está no seu perigeu (o ponto de menor distância entre os dois corpos), mas
não quando está em seu apogeu (o ponto de maior distância). Aplicarei
o termo “mundo mental” ao globo ainda maior de matéria mental em meio ao qual
nossa Terra física existe.
Quando chegamos aos globos ainda mais elevados temos esferas
grandes o bastante para tocar as esferas correspondentes de outros planetas no
sistema, ainda que sua matéria também esteja tão cerca de nós aqui na superfície da Terra sólida
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