The Theosophical Society,
Escritas
Teosóficas da Lingua Portuguese
Escritas do C W Leadbeater
Charles
Webster Leadbeater
(1858
– 1934)
Um
Manual de Teosofia
A
Constituição do Homem
O homem é portanto em essência uma Centelha do Fogo divino,
pertencendo ao
Novos
NomesAntigos Nomes
1. Mundo
DivinoPlano Âdi
2. Mundo
MonádicoPlano Anupâdaka
3. Mundo
EspiritualPlano Âtmico ou Nirvânico
4. Mundo
IntuicionalPlano Búdico
5. Mundo
MentalPlano Mental
6. Mundo
Emocional ou Astral
7. Mundo
FísicoPlano Físico
Estes substituirão os nomes dados no Vol. II de A Vida Interna..]
“Mônada”.
Quando ela desce um estágio e entra no mundo espiritual, se
mostra lá
infinitamente superiores
a Deidade tem Seus Três Aspectos). Destes três - um
permanece sempre
naquele mundo, e o chamamos de Espírito no homem. O segundo aspecto se
manifesta no mundo intuicional, e falamos dele
Este Ego é o homem durante o estágio
humano de evolução; ele é a correspondência mais próxima, de fato, da concepção
anti-científica comum sobre a
Tampouco este é o único corpo que ele
assume. Antes que ele, o Ego no mundo mental superior, possa
tomar um veículo pertencente ao mundo físico, deve fazer uma conexão com ele
através dos mundos mental inferior e astral. Quando deseja descer ele
reúne em torno de si um véu de matéria do mundo mental inferior, a que chamamos
seu corpo mental. Este é o instrumento pelo qual pensa todos os seus pensamentos
concretos – o pensamento abstrato sendo um poder do próprio Ego no mundo mental
superior.
A seguir ele junta em seu redor um véu de matéria astral, a que
chamamos seu
corpo astral; e
este é o instrumento de suas paixões e emoções, e ainda (em
conjunção com a
parte inferior de seu corpo mental) o instrumento de todos os
pensamentos que são
tingidos por egoísmo e sentimento pessoal. Somente depois de assumir estes veículos intermediários ele pode entrar em contato com
o corpo físico de um bebê, e nascer no mundo que conhecemos. Ele vive através
do que chamamos sua vida, adquirindo certas qualidades
O primeiro a ir-se é o corpo físico, e quando este
é descartado, sua vida é
centrada no mundo
astral e ele vive em seu corpo astral.
A duração de sua estada naquele
mundo depende da quantidade de paixão e emoção que ele desenvolveu em si nesta
vida física. Se houver muito delas, o corpo astral é
fortemente vitalizado, e persistirá por longo tempo; se houver pouco, o corpo
astral tem menos vitalidade, e ele logo será capaz de por sua vez deixá-lo de
lado. Quando isto é feito, ele se encontra vivendo em
seu corpo mental. A sua força depende da natureza dos
pensamentos aos quais se habituou, e usualmente sua estada neste nível é
extensa. Então ela chega a um fim, e ele depõe
por sua vez o corpo mental, e novamente o Ego está em seu próprio mundo.
Devido à falta de desenvolvimento, ele ainda está só parcialmente
cônscio
naquele mundo; as
vibrações de sua matéria são rápidas demais para fazer
qualquer impressão
sobre ele, assim como os raios ultravioletas são rápidos
demais para fazer
qualquer impressão sobre nossos olhos. Depois de um repouso lá, ele sente o
desejo de descer até um nível onde as ondulações lhe sejam perceptíveis, a fim
de que possa sentir-se plenamente vivo; assim ele repete o processo de descida
para dentro da matéria mais densa, e assume de novo um corpo mental, um astral
e um físico.
Quando atua neste mundo físico ele
lembra através de seu corpo mental; mas uma vez que há um novo, assumido só
depois deste nascimento, naturalmente ele não pode conter nenhuma memória de
nascimentos anteriores nos quais não teve parte alguma. O próprio
homem, o Ego, relembra sim todos eles quando está em seu próprio mundo, e
ocasionalmente uma recordação parcial ou influência deles se infiltra através
de seus veículos inferiores. Usualmente ele não lembra, em sua vida física, das
experiências de vidas pregressas, mas de fato manifesta na
vida física as qualidades que aquelas experiências desenvolveram nele. Cada homem
é portanto exatamente o que fez de si durante aquelas
vidas passadas; se nelas ele tiver desenvolvido boas qualidades em si mesmo,
ele agora as possui; se negligenciou em treinar-se, e conseqüentemente
permitiu-se à fraqueza e má disposição, ele se encontrará precisamente nestas
condições agora. As qualidades, boas ou más, com que nasce são aquelas que
tiver construído para si mesmo.
Este desenvolvimento do Ego é o objetivo de todo o processo de
materialização; ele assume aqueles véus de matéria precisamente porque através
deles ele está apto para receber vibrações às quais pode responder, de modo que
suas faculdades latentes possam ser assim desdobradas. Mesmo que o homem desça
do alto para estes mundos inferiores, é só através desta
descida que um pleno conhecimento dos mundos superiores se desenvolve nele. A
consciência plena em qualquer dos mundos envolve o poder de perceber e
responder a todas as vibrações daquele mundo; portanto o homem comum não tem
ainda consciência perfeita em nenhum nível – nem mesmo em seu mundo físico que
ele julga conhecer. É possível para ele desenvolver sua percepção em todos
esses mundos, e é por meio desta consciência desenvolvida que observamos todos estes fatos que ora descrevo.
O corpo causal é o veículo permanente do Ego no mundo mental
superior. Consiste de matéria da primeira, segunda e terceira
subdivisões daquele mundo. Em pessoas comuns ele ainda não é totalmente ativo,
sendo vivificada só a matéria que pertence à terceira
subdivisão. À medida que o Ego desdobra suas potencialidades latentes através
do longo curso de sua evolução, a matéria superior é gradualmente trazida à
atividade, mas é só no homem aperfeiçoado a quem chamamos de Adepto que ela
está desenvolvida até sua extensão máxima.
Tal matéria pode ser distinguida pela visão clarividente, mas
apenas por um vidente que saiba
É difícil descrever um corpo causal completamente, porque os
sentidos
pertencentes a seu
mundo são todos diferentes e mais elevados do que os nossos neste nível. A
lembrança da aparência de um corpo causal
Com a continuidade do progresso
gradualmente é posto em alerta pelas vibrações que lhe chegam dos corpos
inferiores. Isso advém só lentamente, porque as atividades do homem nos primeiros
estágios de sua evolução não têm um caráter que encontre expressão em matéria
tão fina como a do corpo mental superior; mas quando um homem atinge o estágio
onde ele é capaz de pensamento abstrato ou emoção altruísta a matéria do corpo
causal é despertada em resposta.
Quando estes padrões ondulatórios são despertados nele mostram-se
em seu corpo causal como cores, de modo que em vez de ser uma mera bolha
transparente pouco a pouco se torna uma esfera cheia de matéria das mais
adoráveis e delicadas tonalidades – um objeto cuja formosura está além de toda
concepção. É comprovado pela experiência que estas cores têm um significado.
A vibração que denota o poder de emoção altruísta se mostra
No decurso da evolução nos mundos inferiores o homem freqüentemente
introduz em seus veículos qualidades que são indesejáveis e inteiramente
inadequadas para sua vida
O efeito prático disso é que o homem não pode construir no Ego
(isto é, em seu
Eu real) nada senão boas qualidades; as más qualidades que ele
desenvolve são
por natureza
transitórias e devem ser descartadas à medida em que avança, porque ele já não
tem em si matéria que as possa expressar. A diferença entre os corpos causais
do selvagem e do santo é que no primeiro é vazio e incolor, e no segundo é
cheio de matizes brilhantes e fulgurantes. Quando o homem passa para além mesmo
da santidade e se transforma em um grande poder espiritual, seu corpo causal
aumenta em tamanho, porque tem muito mais a expressar, e também começa a irradiar
de si em todas as direções poderosos raios de luz
viva. Em alguém que já tenha obtido o Adeptado este
corpo é de enormes dimensões.
O corpo mental é construído de matéria das quatro subdivisões
inferiores do
mundo mental, e
se expressa os pensamentos concretos do homem. Aqui também encontramos o mesmo
esquema de cores que no corpo causal. Os tons são algo menos delicados,
e percebemos um ou dois acréscimos. Por exemplo, um pensamento de orgulho
se mostra
Aqui também vemos a possibilidade de uma mistura de cores; a
afeição, o intelecto, a devoção podem ser tingidos pelo egoísmo, e neste caso
suas cores distintivas são mescladas ao marrom do egoísmo, de modo que temos
uma aparência impura e opaca. Mesmo que suas partículas estejam sempre em
movimento rápido entre si, este corpo tem ao mesmo
tempo uma espécie de frouxa organização.
O tamanho e formato do corpo mental são determinados pelos do
veículo causal. Há nele certas estrias que o dividem mais ou menos
irregularmente em segmentos, cada um deles correspondendo a certo departamento
do cérebro físico, de modo que cada tipo de pensamento deveria funcionar através
de sua posição devidamente designada. O corpo mental ainda é tão
imperfeitamente desenvolvido nos homens comuns que há muitos em quem um grande
número de departamentos especiais ainda não está em atividade, e qualquer
tentativa de pensamento pertencente a estes departamentos
tem de percorrer algum canal inadequado que já esteja completamente aberto. O
resultado é que aquele pensamento sobre estes assuntos
é para a maioria das pessoas confuso e incompreensível. Este
é o porquê de algumas pessoas terem cabeça para a matemática e outras serem
incapazes de somar corretamente – é a causa pela qual algumas pessoas
instintivamente entendem, valorizam e desfrutam da música, enquanto outras não
distinguem uma melodia da outra.
Toda a matéria do corpo mental deveria estar circulando
livremente, mas algumas vezes o homem permite que seu pensamento sobre certo
assunto se fixe e solidifique, então a circulação é impedida, e há uma
congestão que logo endurece numa espécie de calosidade no corpo mental. Tal
calosidade se manifesta aqui em baixo para nós como um preconceito; e até que
seja completamente reabsorvido e a circulação restaurada, é impossível para o
homem pensar com verdade ou ver com clareza no que diz respeito àquele departamento
particular de sua mente, pois a congestão impede a livre passagem das vibrações
tanto para fora como para dentro.
Quando um homem utiliza qualquer
parte de seu corpo mental ele não só vibra mais rapidamente no momento, mas
ainda temporariamente se expande e cresce em tamanho. Se houver
um pensar prolongado sobre algum assunto este aumento
se torna permanente, e assim é possível para o homem aumentar o tamanho de seu corpo
mental seja ao longo de linhas desejáveis ou indesejáveis.
Bons pensamentos produzem vibrações na
matéria mais fina do corpo, os quais por gravidade específica tendem a flutuar
na parte superior do ovóide; onde haja
maus
pensamentos,
Conseqüentemente o homem comum, que se permite não raramente a
pensamentos egoístas de vários tipos, usualmente expande a parte inferior de
seu corpo mental, e apresenta mais ou menos a aparência de um ovo com sua parte
mais larga para baixo. O homem que tiver reprimido estes
pensamentos vis, e tiver se devotado aos superiores, tende a expandir a parte
superior de seu corpo mental, e portanto apresentará a aparência de um ovo com
sua parte mais larga para cima.
De um estudo das cores e estrias do corpo mental de um homem o
clarividente pode perceber o seu caráter e o progresso que tiver feito em sua
vida atual. A partir de características semelhantes no corpo
causal ele pode ver quais progressos o Ego fez desde sua formação original,
quando o homem deixou o reino animal.
Quando um homem pensa em qualquer objeto concreto – um livro, uma
casa, uma paisagem – ele constrói uma pequena imagem do objeto na matéria de seu corpo mental. Esta imagem flutua na parte superior daquele corpo, usualmente defronte à face
do homem e perto do nível dos olhos. Lá permanece enquanto o homem estiver
contemplando o objeto, e usualmente por um breve tempo depois, cuja duração
depende da intensidade e da clareza do pensamento. Esta forma
é muito objetiva, e pode ser vista por outra pessoa, se esta tiver desenvolvido
a visão de seu próprio corpo mental. Se um homem pensa
em outro, ele cria um pequeno retrato exatamente da mesma maneira. Se
seu pensamento é meramente contemplativo e não envolve sentimento (
Se associado ao pensamento sobre a pessoa houver um sentimento,
Quando esta forma-pensamento
alcança o seu objeto descarrega-se em seu corpo astral ou mental,
comunicando-lhes sua própria freqüência de vibração. Pondo em outros
termos, um pensamento de amor enviado de uma pessoa para outra envolve a verdadeira
transferência de certa quantidade de força e de matéria do emissor ao receptor,
e seu efeito sobre o receptor é o de despertar o sentimento de afeição nele, e
leve mas permanentemente aumentando seu poder de amar. Mas um tal pensamento também reforça o poder de afeição no
pensador, e portanto faz um bem simultaneamente para os dois.
Todo pensamento constrói uma forma; se o pensamento for dirigido
para outra
pessoa, viaja até
ela; se for nitidamente egoísta permanece nas imediações do
pensador; se não
pertence a nenhuma destas categorias, flutua por um tempo no
espaço e então se
desintegra lentamente. Todo homem está portanto deixando atrás de si por onde
quer que vá um rastro de formas-pensamento; andando pela rua estamos todos
caminhando em meio a um mar de pensamentos alheios. Se
um homem deixa sua mente em branco por alguns momentos, estes
pensamentos residuais de outros mergulham nela, na maior parte dos casos
deixando apenas reduzida impressão nela. Às vezes algum chega
que atrai sua atenção, de modo que sua mente o incorpora e o torna seu,
reforça-o pela adição de sua própria força, e então o despede novamente para
afetar alguém mais. Um homem, portanto, não é responsável
por um pensamento que flutue em sua mente, porque pode não ser seu, mas de
outrem; mas ele é responsável se o incorpora, se se fixa nele e o emite reforçado.
Pensamentos auto-centrados de qualquer tipo pairam em torno do
pensador, e a
maioria dos homens
cerca seus corpos mentais com uma concha de pensamentos assim. Uma concha assim obscurece a visão mental e facilita a formação de preconceitos.
Cada forma-pensamento é uma
entidade temporária. Representa
O pensamento auto-centrado se comporta exatamente do mesmo modo a
respeito de seu gerador, e descarrega-se sobre ele quando a
oportunidade se oferece. Se for um mau pensamento, ele geralmente o considera
Usualmente cada pensamento definido cria uma forma-pensamento
nova; mas se uma forma-pensamento da mesma natureza já estiver pairando em
torno do pensador, sob certas circunstâncias um novo pensamento no mesmo
assunto, em vez de criar uma nova forma, funde-se com a antiga e a reforça, de
modo que uma longa ruminação sobre o mesmo assunto cria às vezes uma
forma-pensamento de tremendo poder. Se o pensamento for mau, tal
forma-pensamento pode tornar-se uma verdadeira influência maligna, perdurando
talvez por muitos
anos, e tendo durante algum tempo toda a aparência e poderes
de uma
entidade viva real.
Todos estes descritos são os pensamentos
comuns não premeditados do homem. Um homem pode fazer uma forma-pensamento
intencionalmente, e endereçá-la a outrem no intuito de
ajudá-lo. Esta é uma das linhas de atividade adotadas por
aqueles que desejam servir a humanidade. Uma constante
corrente de poderoso pensamento dirigida com inteligência para outra pessoa
pode ser da maior valia para ela. Uma forte
forma-pensamento pode ser um verdadeiro anjo-da-guarda, e proteger seu objeto
da impureza, da irritabilidade ou do medo.
Uma interessante ramificação deste assunto é o estudo das várias
formas e cores assumidas pelas formas-pensamento de vários tipos. As cores
indicam a natureza do pensamento, e estão de acordo com aquelas que já
descrevemos
Cada pensamento de caráter definido,
Esta radiação se move em todas as direções, e onde quer que se
imprima em outro corpo mental que esteja em uma atitude passiva ou receptiva,
comunica a ele algo de sua própria vibração. Isso não
veicula uma idéia completa definida,
Qualquer pessoa que habitualmente pense pensamentos puros, bons e
fortes está utilizando para este propósito a parte
mais alta de seu corpo mental – uma parte que de modo algum é utilizada pelo
homem comum, e está inteiramente
subdesenvolvida nele. Este indivíduo é portanto um poder para o bem no mundo, e estará
sendo de grande utilidade para todos em suas imediações que sejam capazes de
algum tipo de resposta. Pois a vibração que ele irradia tende a
despertar uma nova e mais alta porção de seus corpos
mentais, e conseqüentemente abrindo-lhes também novos campos de pensamento.
Pode não ser exatamente o mesmo pensamento que foi enviado, mas será da mesma natureza. As ondulações geradas por um
homem pensando sobre Teosofia não necessariamente veiculam idéias Teosóficas a
todos em seu redor; mas eles realmente despertam neles pensamentos mais
liberais e mais elevados do que aqueles a que antes estavam acostumados. Por
outro lado, as formas-pensamento geradas sob tais circunstâncias, ainda que
mais limitadas em sua ação do que a irradiação, são também mais precisas; elas
podem afetar somente aqueles que nalguma extensão estão abertos a elas, mas
para estes veicularão idéias Teosóficas definidas.
As cores do corpo astral comportam
os mesmos significados daquelas dos veículos superiores, mas existem diversas
oitavas de cor abaixo delas, e muito mais de perto se aproximam dos tons que
vemos no mundo físico. Ele é o veículo da paixão e da emoção, e
conseqüentemente pode exibir cores adicionais, expressando os sentimentos menos
desejáveis do homem, que não podem se mostrar em níveis mais altos; por
exemplo, um marrom avermelhado fosco indica a presença de sensualidade,
enquanto nuvens negras demonstram malícia e ódio. Um curioso
cinza lívido denuncia a presença de medo, e um cinza muito escuro, normalmente disposto
em pesados anéis em torno do ovóide, indica uma condição de depressão.
A
irritabilidade é mostrada pela presença de uma quantidade de pequenas manchas escarlates
no corpo astral, cada uma representando um pequeno impulso de raiva. A inveja é mostrada por um peculiar verde amarronzado,
geralmente semeado com as mesmas nódoas escarlates. O corpo astral tem o
tamanho e forma
Quando o corpo astral está relativamente quieto (na verdade jamais está em
completo repouso)
as cores que são vistas nele indicam as emoções a que um homem em geral
habituou-se. Quando o homem experimenta uma efusão de algum sentimento particular,
o padrão de vibração que expressa aquele sentimento por um momento domina todo
o corpo astral. Se, por exemplo, for devoção, todo o corpo astral será banhado
de azul, e enquanto a emoção permanecer no ápice as cores normais pouco fazem
além de modificar o azul, ou aparecem vagamente através de um véu daquele azul;
mas em breve a veemência do sentimento se dissipa, e as cores normais se
reafirmam. Mas por causa do acesso de emoção a parte
do corpo astral que normalmente é azul terá crescido em tamanho. Assim um homem
que freqüentemente sente alta devoção logo vem a
possuir uma larga área de azul permanentemente existindo em seu corpo astral.
Quando a efusão de sentimento devocional
sobrevém, usualmente é acompanhada de pensamentos devocionais. Ainda que primariamente formados no corpo mental, reúnem igualmente
em seu redor igualmente uma grande quantidade de matéria astral, de modo que
sua ação se dá em ambos os mundos.
E em ambos mundos também existe a
radiação que previamente descrevemos, de maneira que um homem devoto é um
centro de devoção, e influenciará outras pessoas a compartilharem tanto de seus
pensamentos quanto de seus sentimentos. O mesmo é verdade no caso
da afeição, raiva, depressão – e na verdade todos os
outros sentimentos.
A maré emocional em si não afeta em
muito o corpo mental, ainda que possa por algum tempo tornar quase impossível
para qualquer atividade advinda daquele corpo mental penetrar no cérebro
físico. Isto não é porque aquele corpo propriamente seja afetado, mas sim porque o corpo astral, que atua
freqüência que é
incapaz de veicular qualquer vibração que não esteja em
harmonia com ela.
As cores permanentes do corpo astral reagem sobre o mental. Elas produzem nele suas correspondentes, diversas oitavas acima, da
mesma forma que uma nota musical produz sobretons. O corpo mental por
sua vez reage sobre o causal de modo semelhante, e assim todas as boas
qualidades expressas nos veículos inferiores se fixam, gradualmente, de modo
definitivo no Ego. As más qualidades não o podem fazer, pois
as freqüências de vibração que as expressam são impossíveis para a matéria
mental superior da qual o corpo causal é feito.
Até aqui estivemos descrevendo veículos que são a expressão do
Ego em seus
respectivos mundos – veículos que ele provê para si mesmo; no
mundo físico temos um veículo que lhe é provido pela Natureza sob leis que mais
adiante serão explicadas – os quais, mesmo que em certo sentido sejam uma
expressão de si, de forma alguma são uma manifestação perfeita. Na vida comum vemos somente uma pequena parte deste corpo físico –
somente a parte constituída das subdivisões sólida e líquida da matéria física.
O corpo contém matéria de todas as sete subdivisões, e todas elas desempenham
seu papel em sua vida e lhe são de igual importância.
Usualmente falamos da parte invisível do corpo físico
etérico; “duplo”
porque reproduz exatamente o tamanho e a forma da parte do
corpo que
podemos ver, e “etérico” porque é feito daquele tipo de matéria mais
sutil por cujas
vibrações a luz é transmitida à retina do olho. (Isto não deve
ser confundido
com o verdadeiro éter do espaço – aquele que é a negação da
matéria) Esta
parte invisível do corpo físico nos é de grande importância, uma
vez que é o
veículo pelo qual fluem as correntes de vitalidade que mantêm o
corpo vivo, e
sem ela,
poderia fazer uso
das células de seu cérebro.
A vida de um corpo físico é de perpétua mudança e a fim de que
possa viver,
necessita
constantemente de ser suprido a partir de três fontes distintas. Deve
ter comida
para sua digestão, ar para sua respiração, e vitalidade para sua
absorção. Esta
vitalidade é essencialmente uma força, mas quando se
reveste de
matéria nos
aparece
A vitalidade é uma força que originalmente provém do Sol. Quando
um átomo físico ultérrimo é carregado com ela, atrai para seu redor seis outros
átomos, e se tornam um elemento etérico. A força original de vitalidade é
subdividida em
sete, cada um
dos átomos carregando uma carga separada. O elemento assim formado é absorvido pelo
corpo humano através da parte etérica do baço. Lá é fragmentado em suas partes
componentes, que imediatamente fluem para as várias partes do corpo que lhe são
designadas. O baço é um dos sete centros de força na
parte etérica do corpo físico. Em cada um de nossos veículos devem haver sete
de tais centros em atividade, e quando estão assim
ativos são visíveis à visão clarividente.
Eles aparecem usualmente
físico estes
centros estão:
(1) na base da espinha,
(2) no plexo solar,
(3) no baço,
(4) sobre o coração,
(5) na garganta,
(6) entre as sobrancelhas, e
(7) no topo da cabeça.
Existem outros centros adormecidos, mas
seu despertar é indesejável.
O formato de todos os corpos superiores, vistos pelo
clarividente, é ovóide, mas a matéria que os compõem não é distribuída
igualmente por todo o ovo. No meio deste ovóide fica o
corpo físico. O corpo físico atrai fortemente matéria astral, e por sua vez a
matéria astral atrai fortemente a matéria mental.
Portanto de longe a maior parte da matéria do corpo astral é
reunida dentro da
moldura física; e
o mesmo é verdadeiro a respeito do veículo mental. Se virmos o corpo astral de
um homem em seu próprio mundo, à parte do corpo físico ainda perceberíamos a
matéria astral agregada na forma exata do físico, ainda que, como esta matéria
é mais fluídica por natureza, o que vemos é um corpo
construído de densa
névoa, em meio a um ovóide de névoa muito mais rarefeita.
O mesmo vale para o corpo mental. Portanto, se nos mundos astral
ou mental
encontrássemos um
conhecido, nós o reconheceríamos por sua aparência tão
prontamente
Esta, assim, é a verdadeira
constituição do homem. Em primeiro lugar ele é uma
Mônada, uma Centelha do Divino. Daquela Mônada o Ego é uma
expressão parcial, formado a fim de que possa entrar em evolução, e possa
retornar à Mônada com alegria, trazendo sua seara consigo sob forma de
qualidades desenvolvidas pela experiência acumulada. O Ego por sua vez com o
mesmo propósito põe parte de si nos mundos inferiores, e podemos chamar esta
parte de personalidade, porque o vocábulo latino persona significa máscara, e
esta personalidade é a máscara que o Ego enverga quando se manifesta nos mundos
inferiores ao seu. Assim
A personalidade
Enquanto o homem é o que dizemos vivo e desperto na Terra física, ele está
limitado por seu
corpo físico, pois ele
periódico. A cada
noite o homem o deixa ao dormir, e recolhe-se ao veículo
astral, que não
se cansa, e portanto não precisa de sono. Durante este
sono do
corpo físico o
homem fica livre para mover-se pelo mundo astral; mas a extensão em que faz
isso depende de seu desenvolvimento. O selvagem primitivo usualmente não se
move além de poucos quilômetros longe de sua forma física adormecida – e muitas
vezes nem tanto assim; e possui só a mais vaga das consciências.
O homem educado geralmente é capaz de viajar em seu veículo
astral para onde
quiser, e tem
muito mais consciência no mundo astral, ainda que nem sempre
disponha da
faculdade de trazer à vida desperta qualquer lembrança do que tiver
visto ou
realizado enquanto dormia o seu corpo físico. Às vezes ele de fato
lembra de algum
incidente que tenha presenciado, alguma experiência que tenha
tido, e então
ele chama isso um sonho vívido. Mais freqüente suas
lembranças são irremediavelmente misturadas com vagas reminiscências da vida
desperta, e com impressões feitas de fora sobre a parte etérica de seu cérebro.
Assim temos aos sonhos confusos e amiúde absurdos da vida comum. O homem
desenvolvido se torna tão plenamente consciente e ativo no mundo astral quanto
no físico, e traz a este uma lembrança integral do que tiver feito no outro –
isto é, ele possui uma vida contínua sem qualquer perda de consciência durante
todas as vinte e quatro horas, e da mesma forma durante toda a sua vida física,
e mesmo através da própria morte.
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